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sábado, 17 de setembro de 2011

84º Lugar - ELVIRA MADIGAN (Elvira Madigan) Suécia, 1967



OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS!!

84º Lugar - ELVIRA MADIGAN (Elvira Madigan) Suécia, 1967 - Direção de Bo Widerberg – elenco: Pia Degermark, Thommy Berggren, Lennart Malmer, Cleo Jensen – 91 minutos.

Visualmente deslumbrante, apresenta uma fotografia ímpar na história do cinema europeu. Esta rara obra-prima conta uma história de amor impossível, na Dinamarca e Suécia de 1889. Pia Degermark faz uma jovem artista de circo que se envolve com um oficial casado (Thommy Berggren) e os dois fogem. O par central estão impecáveis e memoráveis. Narrado em belíssimas cores, o que o diretor conta entra em choque com a própria beleza da imagem - os amantes são perseguidos, hostilizados, discriminados e lá pelas tantas estão morrendo de fome, comendo morangos silvestres, mas a imagem continua deslumbrante, emoldurada por uma trilha sonora com músicas de Mozart. A história é real e já havia sido filmada nos anos 1940, mas não de forma tão estilizada, nem com tanta suntuosidade audiovisual. Foi um grande êxito do cinema sueco em todo o mundo e o próprio concerto de piano de Mozart, o número 21, com seu andante, passou a ser conhecido pelo nome do filme. Do ponto de vista estritamente visual, é um dos filmes mais bonitos que o cinema já realizou.



Para realmente apreciar esta obra-prima, é preciso entender que foi filmada nos anos 1960 e que representava para o público da época algo de precioso e verdadeiro. Basta observar o sentimento antiguerra aparentemente latente na história do filme. O tenente desertou, como os que naquela década fugiram para o Canadá para evitar serem mandados para o Vietnã. Nota-se o seu confronto com o seu amigo no regimento, um sentimento que muitos, nos anos 1960, viveram. Cannes deu o prêmio de melhor atriz para Pia Degermark, que acabou sofrendo tanto quanto sua heroína na vida real (virou dependente de álcool e foi encontrada vagando pelas ruas de Estocolmo). O diretor evita o tom melodramático, mas não dispensa cores impressionistas. O filme é quase uma tela de Renoir em movimento. Uma raridade do cinema em triunfal beleza. Absolutamente inesquecível e memorável!!!! Obrigatório!!!!



ELVIRA MADIGAN continua atual e belo, mesmo tendo se passado mais de quarenta anos de seu lançamento nos cinemas. O filme é extraordinário, e possui um sentimento melancólico sobre a natureza do amor humano. É um amor proibido, como o de Tristão e Isolda e Romeu e Julieta; um amor trágico, condenado desde o início, e é por isso que o fim do filme é revelado na abertura, nos créditos. Aqueles que pensam que o prazer da história se estragou por saberem o final desde o começo, não conhecem a história de maneira sutil, que é um grande conto. Saber como termina, só faz aguçarem os sentidos e reforçar a apreciação. Indiscutivelmente, é um dos filmes mais belos do cinema!! Obra imortal e ímpar!

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