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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

42º Lugar - SATYRICON DE FELLINI (Fellini Satyricon) Itália, 1969



OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS!!

42º Lugar - SATYRICON DE FELLINI (Fellini Satyricon) Itália, 1969 – Direção Federico Fellini – Elenco: Martin Potter, Hiram Keller, Max Born, Salvo Randone, Lucia Bosé, Mario Romagnoli, Magali Noël – 128 minutos.

Esta é a livre adaptação de Fellini do romance homônimo e clássico de Petrônio (Século I, depois de Cristo), que faz uma crônica da vida na Roma antiga. Um mundo cruel, selvagem e bizarro, onde o pecado não existe. Encolpio (Martin Potter) e seu amigo Asciito (Hiram Keller) disputam o afeto do jovem Giton (Max Born). Quando Encolpio é rejeitado, ele começa uma jornada na qual encontra todos os tipos de pessoas e de acontecimentos, num festival de situações extremamente curiosas que vai levar o espectador a uma viagem alucinante e desconcertante. O filme é estruturado em uma narrativa surreal, e é uma reflexão sobre a sexualidade masculina e suas variações. Cada trecho do filme trata de uma delas, como o homossexualismo, a impotência e outras questões delicadas que envolvem o sexo. Apesar de ser baseado na sociedade da Roma antiga, SATYRICON reflete também um momento de caos pelo qual a sociedade da década de 1960 vivia.



Um espetáculo visualmente deslumbrante, com uma direção de fotografia, artística, guarda-roupa impecáveis, um grandioso sentido de encenação e a irreverência e vitalidade habituais da câmera do realizador italiano. Um festival surrealista do inimaginável - pedófilos, homossexuais, sádicos, assassinos, a impotência, terremotos, o Minotauro e um semi-deus Hermafrodita. Tudo isto bebe a sua inspiração na famosa peça de Petrônio. O espectador se delicia com as qualidades geniais do cinema de Fellini, enquanto artista visual e também, delira um pouco com o seu mundo à parte, onde convivem todo o tipo de personagens, cada uma mais extravagante, estranha ou até demente. O filme tem momentos em que se atinge o cume da sátira e do humor negro, bastante certeiro, idiota por vezes, no melhor dos sentidos. Fellini foi um cineasta extremamente genial, um dos melhores do seu tempo, basta lembrarmos alguns dos seus filmes inesquecíveis: NOITES DE CABÍRIA (1957), A ESTRADA DA VIDA (1956), AMARCORD (1974), A DOCE VIDA (1960), OITO E MEIO (1963), ROMA (1972), CIDADE DAS MULHERES (1979), entre tantos outros, mas SATYRICON é uma vigorosa obra-prima que não pára de crescer, talvez pelo simples fato de que em 1969, quando foi feito, estivesse muito adiante de sua época.



O filme é extraordinário como experiência visual. A fotografia de Giuseppe Rotunno e os figurinos são lisérgicos, misturando afrescos romanos de Pompéia, alucinações, técnicas de claro-escuro e o colorido da pop art. Há que se destacar também a direção de arte de Danilo Donati e a música de Nino Rota que são geniais. Mas tudo isso, o brilho dessas contribuições artísticas, está a serviço da imaginação de Fellini. Num filme marcado pela invenção constante, muitos momentos ficam na memória, especialmente o fogo que é retirado do meio das pernas de Donyale Luna e a morte do poeta, que, de alguma forma, retoma e amplia o suicídio de Steiner, em A DOCE VIDA, que já era, em 1960, um SATYRICON dos tempos modernos. Observando atentamente, o filme, se inspirando na Roma Imperial, tem como foco inequívoco o homem contemporâneo. Os protagonistas são estudantes que se entregam às paixões mais ancestrais, aos instintos mais básicos. Em meio a um mundo que mais parece a uma grande Babilônia, encontram morte, desilusão e escarnecem de tudo e de si mesmos, sem a mínima piedade. Sobre todos (enfim), paira a sombra da arte e da poesia, única saída concebível (embora parcial) do beco sujo em que nos metemos. Não é para qualquer público, mas vale muito pela curiosidade de conhecer um lado diferente e heterodoxo do cineasta.


Um comentário:

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