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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

54º Lugar - RASTROS DE ÓDIO (The Searchers) EUA, 1956



OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS!!

54º Lugar - RASTROS DE ÓDIO (The Searchers) EUA, 1956 – Direção John Ford – elenco: John Wayne, Jeffrey Hunter, Natalie Wood, Vera Miles, Ward Bond, John Qualen, Olive Carey, Henry Brandon, Ken Curtis, Lana Wood, Harry Carey Jr. – 119 minutos.

Há filmes que são maiores do que a vida. RASTROS DE ÓDIO é um deles. Obra-prima de John Ford, o filme marcou uma difícil transição no cinema feito em Hollywood. Em 1956, quando foi produzido, a indústria do cinema vivia uma crise feia, causada pela concorrência com a televisão. Numerosos artifícios técnicos estavam sendo experimentados como reação. O sistema technicolor era um deles. No aspecto técnico, o filme de John Ford se notabilizou como um dos trabalhos mais bem acabados a utilizar as cores vibrantes e explosivas do novo sistema. Portanto, RASTROS DE ÓDIO foi um triunfo de tecnologia, bem ao modo que Hollywood gosta de valorizar. De certa forma, a fase de transição do cinema não era apenas tecnológica, mas sobretudo temática. As fantasias inocentes “sonhadas” pelos cineastas na chamada Era de Ouro de Hollywood, entre os anos 1930 e 1940, já eram. Os filmes mainstream – ou seja, as grandes produções – precisam ser mais realistas. Precisavam renunciar à simplificação, a mostrar um mundo cor-de-rosa demais, e passar a refletir a complexidade do mundo real. Em suma, necessitavam mostrar a dureza e o cinismo da vida em sociedade da época, algo que só aparecia em produções menores, como os policiais do chamado film noir.



E John Ford também atacou nesse campo, produzindo um dos primeiros faroestes realistas. É possível afirmar que o desafio de RASTROS DE ÓDIO tinha que ser enfrentado por alguém do calibre de John Ford. Único cineasta a embolsar três Oscar, inovador por excelência e dono de domínio total da arte cinematográfica, Ford era uma figura emblemática de uma Hollywood à beira da decadência. Ainda por cima, tornara-se especialista em westerns, um gênero que sempre coube muito bem no cinema romântico e nostálgico da Era de Ouro. Um faroeste realista? Só de pensar nisso, muito diretor de prestígio suava frio. Somente mitos como Ford e seu ator preferido, John Wayne, poderiam enfrentar uma parada daquelas. RASTROS DE ÓDIO poderia ser um fracasso definitivo, mas se desse certo, o sucesso também o seria. E o filme deu certo. De forma impressionante, John Ford fez um faroeste a seu modo, e levou o gênero um passo à frente sem abrir mão de nenhuma das características presentes na sua obra. Ford não renunciou sequer a sua locação favorita, o Monument Valley, em Utah (EUA). As montanhas poeirentas em formas de mesa, pontuando longas planícies vermelhas de terra seca, mostraram-se o cenário perfeito para tomadas panorâmicas belíssimas. Filmados no novo sistema technicolor, os picos do deserto norte-americano ganharam uma profundidade e um senso épico inigualáveis. A paisagem emoldura com perfeição absoluta a trajetória de um homem anti-social e solitário, ecoando a solidão e a aspereza do protagonista do filme.



O Monument Valley funciona como uma metáfora visual da alma deserta de Ethan Edwards (John Wayne), um ex-oficial da Guerra Civil que viaja de passagem pela fazenda do irmão. Durante a estadia dele por lá, um ataque indígena mata toda a família. Os cherokees raptam a sobrinha caçula, Debbie (Lana Wood, depois Natalie Wood). É apenas o início de uma perseguição épica, que vai durar vários anos, empreendida por Ethan, junto com o irmão adotivo da menina e mestiço de cherokee, Martin Pawley (Jeffrey Hunter). O rapaz é desprezado e ridicularizado pelo torturado Ethan, um homem que tem um passado traumático – o filme não faz nenhuma menção esclarecedora a esse respeito, mas isso fica bastante evidente – e um futuro sombrio. Cineastas de prestígio, como Steven Spielberg e Martin Scorsese, colocam RASTROS DE ÓDIO no topo das obras-primas produzidas em Hollywood. A fotografia deslumbrante de Winton C. Hoch, junto com o roteiro bem amarrado e cheio de nuanças de Frank Nugent, respondem pela maior parte dos méritos. A complexidade dos personagens é tão profunda que não cabe na tela. Um filme eterno e para sempre!!

2 comentários:

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