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sábado, 15 de outubro de 2011

58º Lugar - APOCALYPSE NOW (Apocalypse Now) EUA, 1979



OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS!!

58º Lugar - APOCALYPSE NOW (Apocalypse Now) EUA, 1979 – Direção Francis Ford Coppola – elenco: Marlon Brando, Robert Duvall, Martin Sheen, Dennis Hopper, Harrison Ford, Laurence Fishburne, Frederic Forrest, Sam Bottons, Scott Glenn, Albert Hall, Francis Ford Coppola (Diretor de TV), G. D. Spradlin, R. Lee Ermey – 153 minutos.

Este poderoso espetáculo narra a trajetória do Capitão Willard, que lidera um destacamento de soldados com a missão de eliminar o Coronel Kurtz, que enlouqueceu e montou uma milícia dentro da selva; mas a jornada através do rio Nung, cheia de situações surreais e tensas acaba afetando a mente dos próprios soldados. Um filme imortal e devastador! Mais do que o relato impressionante de um conflito bélico (Vietnã), é uma viagem ao lado mais negro da mente humana devassada pela violencia e loucura da guerra. O filme tem 32 anos, mas até hoje é uma porrada sensorial de imagens e som, principalmente vista num cinema. A cena do bombardeio de Napalm ao som da Cavalgada das Valkírias de Wagner, onde helicópteros americanos atacam uma vila vietcong (uma das mais surreais sequências), a lisérgica cena do ataque à ponte, estão entre as mais memoráveis. Um dos pontos altíssimos do filme é o personagem de Robert Duvall, o coronel surfista Bill Kilgore, que é genial. É dele a mais famosa frase do filme "adoro o cheiro de napalm pela manhã" e também se deve a ele a cena do bombardeio de Napalm. Outro ótimo personagem é o seguidor alucinado do Coronel Kurtz feito por Dennis Hopper (que à época das filmagens vivia envolvido com drogas e diz-se que a loucura vista na tela vai além de uma grande interpretação).



Os diálogos do filme são excelentes, interpretados por atores fantásticos como os citados acima, além do lendário Marlon Brando e um denso Martin Sheen. Como uma curiosidade para o público de hoje, duas pontas dos então jovens Harrison Ford e Lawrence Fishburne.A cena em que o Willard dá um soco no espelho, o ator Martin Sheen estava realmente bêbado e se cortou de verdade. Aquele sangue que aparece no filme não é de mentirinha. E a cena do sacrifício do boi no ritual da tribo é real também. Um ritual verdadeiro realizado entre nativos locais. APOCALYPSE NOW foi totalmente injustiçado pelo Oscar - levou apenas dois prêmios – Melhor Fotografia e Melhor Som. O maior absurdo foi perder o Oscar de Melhor Filme para KRAMER VS KRAMER, um filme infinitamente menor. Mas isso já é de praxe na Academia de Hollywood, basta lembrar que O RESGATE DO SOLDADO RYAN perdeu escandalosamente para SHAKESPEARE APAIXONADO (1998); TÁXI DRIVER perdeu para ROCKY, UM LUTADOR (1976); UM SONHO DE LIBERDADE absurdamente perdeu para FORREST GUMP (1994); O SENHOR DOS ANÉIS – A SOCIEDADE DO ANEL perdeu para UMA MENTE BRILHANTE (2001); O PIANISTA injustamente perdeu para CHICAGO (2002) etc. APOCALYPSE NOW é muito mais do que um filme de guerra, é um filme sobre a influência que uma guerra gera nas pessoas, sobre o quão despropositados são os atos cometidos em uma guerra, é um filme surreal e - por mais contraditório que seja - ao mesmo tempo cruelmente real.



Francis Ford Coppola insistiu que o filme fosse todo rodado nas Filipinas, tendo contado com o apoio do governo de Ferdinand Marcos que lhe emprestou os helicópteros e os pilotos. Mas as filmagens tiveram de ser muitas vezes interrompidas por que os helicópteros eram necessários para o governo de Marcos combater os rebeldes. Para além disso, o local das filmagens foi atingido por um tufão que destruiu vários cenários, atrasando a rodagem do filme em vários meses. Após as filmagens (que acabaram por durar 16 meses), os problemas de Coppola não acabaram, tendo levado perto de 3 anos para montar as mais de 200 horas de filme que rodou. Depois de várias versões, decidiu-se por uma com 153 minutos, tendo o filme estreado nas salas de cinema em 1979 e com um custo final de $30 milhões de dólares. No entanto, em 2001, o realizador voltou a mexer no filme e criou uma nova versão com mais 53 minutos, que designou de “Apocalypse Now Redux”. Após uma boa receptividade por parte do público no Festival de Cannes (onde tinha ganho, 22 anos antes, a Palma de Ouro), esta nova versão teve uma breve passagem pelas salas de cinema no verão de 2001. APOCALYPSE NOW permitiu a Vittorio Storaro ser reconhecido pelo seu excelente trabalho como diretor de fotografia, demonstrando que do caos pode nascer um extraordinário exercício fílmico, sendo ainda hoje considerado como o mais vivo relato do pesadelo que é a guerra, seja ela qual for. Uma obra genial de um cineasta igualmente genial! Um dos melhores e mais importantes filmes da história do cinema! Obrigatório e Imperdível!

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