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domingo, 20 de novembro de 2011

24º Lugar - CREPÚSCULO DOS DEUSES (Sunset Boulevard) EUA, 1950



OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS!!

24º Lugar - CREPÚSCULO DOS DEUSES (Sunset Boulevard) EUA, 1950 – Direção Billy Wilder – elenco: Gloria Swanson, William Holden, Erich von Stroheim, Franklyn Farnum, Jack Webb, Nancy Olson, Fred Clark, Lloyd Gough, Larry J. Blake, Charles Dayton, Cecil B. DeMille, Buster Keaton, H. b. Warner, Ray Evans – 110 minutos.

Clássico absoluto da cinematografia mundial! Recebeu onze indicações ao Oscar, inclusive Melhor Filme do Ano. Ganhou três: melhor roteiro, melhor trilha sonora e melhor direção de arte. É uma das mais notáveis obras-primas de toda a história do cinema! Tão poderoso e importante, que foi incluído numa lista de 25 filmes considerados “patrimônio da humanidade” pelo Congresso norte-americano. Ficou famoso por várias razões, entre elas, trouxe de volta ao estrelato a grande diva do cinema mudo: Gloria Swanson. É o melhor filme já feito sobre Hollywood. Uma tragédia gótica com toques de humor negro e ironia cáustica, é um réquiem à época de ouro de Hollywood. O roteiro é um dos mais brilhantes e inteligentes em todos os tempos. Uma consagração definitiva, o filme é todo narrado em flashbacks pelo roteirista morto. Narra a história de um jovem roteirista Joe Gillis (memorável atuação de William Holden), desempregado e endividado, que esconde-se de credores na garagem de uma mansão que lhe parece abandonada, no Sunset Boulevard, em Hollywood. Mas a casa é habitada por Norma Desmond - magnífica performance de Gloria Swanson, aclamada como uma das mais soberbas interpretações de toda a história da cinematografia mundial. Norma Desmond é uma antiga estrela do cinema mudo, que vive de recordações, vive com o mordomo Max (Erich von Stroheim), seu ex-marido. A pretexto de contratar Gillis para aperfeiçoar um roteiro seu, com o qual pretende fazer uma volta triunfal às telas, Norma praticamente aprisiona o jovem em sua casa-museu, fazendo dele seu amante. Pressionado, Gillis deixa-se comprar pela estrela, pela qual sente uma crescente repulsa. Quando decide abandoná-la, o desfecho é trágico.



A cena inicial na piscina com uma tomada do fundo da piscina é interessante, porque não foi filmada no fundo da piscina, mas de cima com um espelho embaixo (dentro da piscina). A abertura do filme é clássica, o suficiente para se tornar um dos melhores filmes de todos os tempos. O filme é recheado de cenas clássicas: quando William Holden vai à festa usando casaco de alpaca é simplesmente antológica. Outra cena famosa é quando Norma Desmond atravessa o portão da Paramount e é tratada como a pessoa importante que ela acredita ser. Os funcionários a tratam bem, mas o mundo a esqueceu. A figura sinistra de Max von Mayerling, o mordomo. A seqüência em que parodia Charles Chaplin, que foi seu amigo, e num jogo de cartas reencontra velhos amigos de seu tempo de estrelato é um primor. Nessa seqüência há grandes personalidades do cinema mudo, como o comediante Buster Keaton, a atriz Anna Q. Nilsson, o ex-galã H. B. Warner. Eles eram chamados de “bonecos de cera” por Joe Gillis, porque também estavam ultrapassados. O diretor Cecil B. DeMille aparece na seqüência memorável, em que ele recebe Norma Desmond nos estúdios autênticos da Paramount, onde estava rodando o clássico SANSÃO E DALILA (1949). A cena final é uma das mais famosas. A descida das escadarias, dirigida pelo antigo marido, diretor e, agora, mordomo, é das mais belas da história do cinema – ela caminhando para a lente até sair de foco. É uma alegoria para toda a história de uma estrela consumida pelo próprio mito do cinema. É um momento estupendo da sétima arte. Há uma frase clássica, quando Gillis afirma para ela: “Norma Desmond! Você era uma grande atriz do cinema mudo”. Ela não gostou de ouvir isso e retrucou: “Eu sou grande, os filmes é que ficaram pequenos!” CREPÚSCULO DOS DEUSES é um filme cruel, mágico, poético, muito abrangente e universal. É sobre o oportunismo e suas conseqüências. É uma das mais extraordinárias críticas à indústria cinematográfica e Norma Desmond permanecerá para sempre como uma grande atriz, com sua imponência e sua eterna capacidade de manter a pose. O filme funciona como um cartão de visitas perfeito para o cinema americano clássico, porque tem aquela carpintaria irretocável de roteiro, direção e interpretação, mas também porque traz uma visão crítica de Hollywood (pelos olhos irônicos do austríaco Billy Wilder) e toques geniais de modernidade (como a idéia do narrador morto). Foi o filme que me explicou por que a fábrica de sonhos americana é tão grandiosa e ilusória.

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