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domingo, 13 de abril de 2014

CLUBE DE COMPRAS DALLAS (Dallas Buyers Club) EUA, 2013

                                                   
CLUBE DE COMPRAS DALLAS (Dallas Buyers Club) EUA, 2013 – Direção Jean-Marc Vallée – elenco: Matthew McConaughey, Jared Leto, Jennifer Garner, Denis O’Hare, Steve Zahn, Michael O’Neill, Dallas Roberts, Griffin Dunne, Kevin Rankin  – 117 minutos

Com mais de 40 prêmios e seis importantes indicações  ao Oscar 2014, incluindo Melhor filme, Melhor Ator (Matthew McConaughey), Melhor Ator coadjuvante (Jared Leto), este belíssimo filme é uma incrível história de perseverança!!

Nos últimos anos, Matthew McConaughey entregou grandes atuações em filmes como KILLER JOE – MATADOR DE ALUGUEL; AMOR BANDIDO (2012); MAGIC MIKE (2012); O LOBO DE WALL STREET (2013)  e mostrou que pode ir muito além das comédias românticas enlatadas do passado. Em CLUBE DE COMPRAS DALLAS, acaba de vez com qualquer dúvida sobre sua capacidade artística no papel de Ron Woodroof, eletricista diagnosticado com HIV positivo que cria seu próprio tratamento contra a AIDS, mesmo que isso o coloque em choque com o governo norte-americano. A impressionante transformação física é apenas detalhe. A atuação de McConaughey vai além de estereótipos ao interpretar um texano homofóbico, mulherengo e manipulador que cria um mercado lucrativo e se transforma, aos poucos, na melhor esperança das vítimas da doença nos anos 1980. Quando é diagnosticado, os médicos lhe dão apenas 30 dias de vida, mas como bom cowboy ele não desiste e parte para a luta, mesmo após seus amigos preconceituosos o abandonarem por considerarem a doença como algo restrito aos homossexuais. Porém, boa parte do trabalho seria perdido caso os atores principais não funcionassem bem. Além do já citado Matthew McConaughey, destaca-se Jared Leto. Ambos estão perfeitíssimos e impecáveis. A entrega, especialmente física, é assombrosa. A aparência cadavérica, devido à acentuada perda de peso, ajuda a suas atuações com total realismo, mas jamais se transforma em uma muleta que disfarce o talento de seus intérpretes. Poucas vezes uma dupla de atores demonstrou tanta química entre si, além do total domínio de seus personagens. McConaughey realiza um trabalho impressionante. Sua composição de personagem é brilhante, soberba e extraordinária (a premiação no Oscar 2014 de melhor ator foi merecidíssima). A cena em que implora por uma chance de tratamento é um dos seus grandes momentos na carreira. Já Jared Leto atinge alguns degraus acima de seu parceiro de tela. Sua performance é absolutamente perfeita. Ele também passou por mudanças dramáticas no visual, é responsável por momentos de leveza e emoção no papel do transexual Rayon, também vítima da AIDS. O desespero de Rayon em continuar bela mesmo que seu corpo esteja quase em decomposição por conta da doença é tangível. No entanto, ele consegue manter o bom humor e o amor pela vida, até mesmo durante suas crises.
CLUBE DE COMPRAS DALLAS personifica à perfeição as reações de um homem diagnosticado com AIDS em 1986. Protótipo do machão texano, homofóbico, libertino e viciado em cocaína, ele associava a doença apenas ao universo homossexual. Por isso mesmo, foi terrivelmente surpreendido. O filme vai muito além, mostra a incansável luta de um homem e poucos médicos contra a poderosa indústria farmacêutica, como importante arma de denúncia contra um mercado cruel, praticamente inatingível. Retrata de forma realista o envolvimento do poder público com fabricantes de medicamentos e a proteção a laboratórios que utilizam pacientes como cobaias de testes que culminarão em lucros exorbitantes, não importando quantas vidas sejam perdidas. CLUBE DE COMPRAS DALLAS enfrentou vários problemas para ser realizado, entre eles, foi rejeitado 18 vezes. Ninguém queria financiá-lo. Tudo isso depois do roteiro ter ficado na gaveta 18 anos – foi escrito em 1992 – o que o diretor Jean-Marc Vallée explica argumentando que os anos 1990 “talvez não tenham sido um bom momento para o filme, já que os fatos eram ainda muito recentes”. O texto começou a ser feito quando o ativista Ron Woodroof  ainda estava vivo. O filme foi rodado em apenas 25 dias e teve orçamento baixo para os padrões hollywoodianos: U$$ 5 milhões. OBRIGATÓRIO E IMPERDÍVEL!! O MELHOR FILME DO ANO!!

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