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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

NOSSO FIEL TRAIDOR (Our Kind of Traitor) Inglaterra / França, 2016 – Direção Susanna White – elenco: Ewan McGregor, Stellan Skarsgard, Damian Lewis, Naomie Harris, Carlos Acosta, Radivoje Bukvic, Grigoriy Dobrigyn, Velibor Topic, Pawel Szajda, Marek Oravec, Dolya Gavanski, Mariya Fomina, Alec Utgoff, Mihhail Sibul, Jana Perez, Tony Tennant – 108 minutos

UM SEGREDO MORTAL!! 
UMA ESCOLHA IMPOSSÍVEL!! 
UM SUSPENSE ATRAENTE!!


Estreou nos cinemas de São Paulo em 06 de outubro de 2016, este empolgante thriller de suspense, com uma notável atuação de Ewan McGregor. Por mais de cinco décadas, o nome do escritor inglês John Le Carré é considerado sinônimo de romances de espionagem. Parte desse reconhecimento junto ao público se deve às inúmeras adaptações cinematográficas de suas obras. NOSSO FIEL TRAIDOR é a mais recente transposição de um livro do autor para o cinema, trazendo a história do professor universitário Perry (Ewan McGregor) e de sua esposa, a advogada Gail (Naomie Harris), envolvidos por acaso com o alto escalão da máfia russa e da espionagem britânica, mais precisamente o personagem de Stellan Skarsgard (Dima). Eles ganham várias oportunidades de saírem do caso perigoso, que não lhes diz respeito, mas continuam arriscando as suas vidas por uma família de desconhecidos russos porque, como diz um personagem, Perry é um homem bom, e Gail é uma mulher honesta. É isso que pessoas boas fazem: elas salvam outras em perigo. Se este enredo não tem tanto tempero quanto “O Espião Que Sabia Demais”, que rendeu um excepcional filme em 2011, também não faz feio no quesito entretenimento. O ritmo começa meio lento na parte inicial, mas a adrenalina sobe muito a partir da sequência seguinte em Paris, já colocando em funcionamento a negociação dos segredos de Dima, da qual Perry e Gail terão que participar à sua revelia.  


A essência da literatura de John Le Carré permanece intacta, com o apreço pelas intrigas de bastidores, e a tensão que estas emanam, em detrimento da ação grandiloquente. Estão lá as conversas secretas em carros, becos e salas fechadas, bem como os inimigos internos, os traidores etc. A diretora filma esses momentos com requinte visual, mesmo que sem a elegância austera de um “O Espião Que Sabia Demais” (2011). Alguns dos simbolismos do filme pecam pela literalidade – Perry e Gail subindo escadas rolantes separadas ressaltando o distanciamento na relação – mas, de modo geral, a direção do filme é correta.  A cineasta também simplifica o acesso do espectador às imagens. “O Espião Que Sabia Demais” (2011) e “O Homem Mais Procurado” impressionavam pela frieza implacável de sua estética, pela elegância no retrato da elite. Susanna White opta por um caminho radicalmente diferente. Ela usa o widescreen para filmar de perto os rostos, criando uma sensação de claustrofobia. Com uma fotografia contrastada e saturada, mergulha os personagens no escuro, cobrindo-os de flares, reflexos e filtros brilhosos. O mundo da espionagem é filmado com a estética de um cassino ou cabaré, algo inovador, embora não necessariamente coerente com a proposta. Vale o ingresso. 


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