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terça-feira, 18 de outubro de 2016

RESSURREIÇÃO (Risen) EUA, 2016 – Direção Kevin Reynolds – elenco: Joseph Fiennes, Tom Felton, Peter Firth, Cliff Curtis, Maria Botto, Luis Callejo, Antonio Gil, Andy Gathergood, Stewart Scudamore, Stephen Hagan, Joe Manjón, Richard Atwill, Mish Boyko, Jan Cornet, Pepe Lorente, Stephen Greif, Frida Cauchi – 107 minutos

A HISTÓRIA QUE MUDOU O MUNDO, DO PONTO DE VISTA DE UM INCRÉDULO!!



A história de Jesus Cristo já foi levada às telas inúmeras vezes, das mais variadas formas, alguns polêmicos, outros emblemáticos, basta lembrar “A Última Tentação de Cristo” (1988), de Martin Scorsese; “A Paixão de Cristo” (2004), de Mel Gibson; “Jesus Cristo Superstar” (1973); “Godspell – A Esperança” (1972); “Jesus de Nazaré” (1977), de Franco Zeffirelli; “O Rei dos Reis” (1961), de Nicholas Ray; “O Filho de Deus” (2014) etc. Agora o cineasta Kevin Reynolds resolve contar a história de um ângulo um pouco diferente com RESSURREIÇÃO (2016). Não entra nos detalhes do nascimento, pregações, crescimento, milagres e encontros com os apóstolos. A proposta aqui é contar a história do tribuno encarregado de desmentir a natureza divina de Jesus Cristo. Joseph Fiennes, conhecido pelos trabalhos em ELIZABETH (1998); “Shakespeare Apaixonado” (1998); LUTERO (2003); “Círculo de Fogo” (2001); HÉRCULES (2014), entre outros, realiza uma performance competente. Ele é Clavius, o tribuno, braço direito de Pôncio Pilatos (Peter Firth), governador da Judéia, escalado para supervisionar as ações romanas em torno de um certo nazareno que acabara de ser crucificado. Sua missão é a de fazer com que as profecias de Yeshua (Jesus Cristo), interpretado pelo neozelandês Cliff Curtis, não se cumpram (ou pelo menos não sejam divulgadas), como suas últimas palavras na cruz ou até mesmo sua ressurreição. É interessante a opção do filme por um ator com o tipo diferente do que geralmente Jesus é retratado, mas próximo do que seria na verdade. Nessa missão, o tribuno terá como principal ajudante o jovem legionário Lucius (Tom Felton, o Draco Malfoy de “Harry Potter”). Tentando afastar os boatos de que Cristo iria ressuscitar em três dias, os romanos decidem vigiar seu corpo, para provar que não tem nada de especial. No entanto, o corpo de Jesus acaba desaparecendo. 


O roteiro é simples, mas cheio de altos e baixos. Apesar de não haver espaço para grandes surpresas (nem poderia, por se tratar de uma história que já é explorada há mais de dois mil anos), o texto de Paul Aiello e do diretor traz formas criativas para relatar os eventos em torno da crucificação de Cristo, tanto que só ouvimos pela primeira vez seu nome com quase uma hora de projeção. A fotografia de Lorenzo Senatore traz uma visível inspiração no trabalho de Caleb Deschanel, no filme “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson. Realizando um bonito contraste entre tons mais vívidos quando está em planos abertos e cores mais sombrias em planos fechados, especialmente os que envolvem os soldados romanos na caça dos discípulos de Yeshua. Só de contar a história de um jeito diferente já faz de RESSURREIÇÃO uma experiência bastante satisfatória. Tem uma história universal, já muito explorada, mas o seu diretor se propôs a desenvolvê-la cinematograficamente destacando que sempre é possível recontar com criatividade, ainda que seja pouca. A diferença é que o filme faz uma releitura moderna sobre a história do retorno de Jesus e proporciona uma visão interessante da vida dos apóstolos pós-crucificação.


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