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terça-feira, 25 de outubro de 2016

RIO VERMELHO (Red River) EUA, 1948 – Direção Howard Hawks – elenco: John Wayne, Montgomery Clift, Joanne Dru, Walter Brennan, Harry Carey, Coleen Gray, John Ireland, Harry Carey Jr., Hank Worden, Paul Fix – 133 minutos.

                       HOMENAGEM - 50 ANOS SEM MONTGOMERY CLIFT 


Um dos grandes filmes da História do Cinema, e uma fantástica atuação de Montgomery Clift!! É um dos poucos filmes a retratar os verdadeiros cowboys, tropeiros quase sempre jovens que levavam gado para Kansas City antes da consolidação das estradas de ferro. Originalmente lançado em preto e branco, este grande clássico possui uma ambientação impressionante e traz uma atmosfera incrível do velho oeste norte americano, ainda no tempo das diligências, quando os primeiros grandes criadores de gado estavam trabalhando duro para fortalecer a economia do Sul dos Estados Unidos. Há um sentimento maravilhoso de liberdade ecoando por todo o filme, ainda que a jornada de seus personagens seja violenta, hostil e difícil. A direção impecável de Howard Hawks faz com que esta obra se torne uma verdadeira e inesquecível aventura. Os conflitos entre os personagens são muito mais interessantes que as cenas de ação, e é aí que o filme se destaca entre dezenas, talvez centenas, de westerns existentes. O estouro da boiada,  é considerada a grande e cena clássica, com muita emoção e suspense. As interpretações são incríveis. John Wayne, que muitas vezes não fazia exatamente o papel de “mocinho simpático”, possui outro de seus personagens ambíguos, que pode ser visto como sendo o mocinho ou o bandido. E Montgomery Clift, no auge de sua beleza e em grande forma é um dos pontos altos da interpretação masculina de sua época. Ele faz uma espécie de filho adotivo de Wayne dentro do filme, mesmo sendo ainda bastante jovem, encara com grande qualidade as várias cenas difíceis que o filme possui. 


RIO VERMELHO (Red River), para o diretor Howard Hawks, inicia uma trilogia que se segue mais de dez anos depois com RIO BRAVO – ONDE COMEÇA O INFERNO (1959),  um dos grandes westerns do cinema,  e, depois, RIO LOBO, já em 1970, nos estertores hawkisianos. Há, porém, ELDORADO (1967), filme respeitável, mas que é uma refilmagem disfarçada de RIO BRAVO.  Se existe um clássico perfeito para caracterizar o western, o cinema norte-americano por excelência na definição de André Bazin, RIO VERMELHO é o exemplar mais autêntico e paradigma de outros filmes do gênero. É verdade que NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS (Stagecoah, 1939), do mestre John Ford, lança as bases do arquétipico westerniano, mas a fita de Hawks representa, nove anos depois, uma espécie de cristalização e amadurecimento do western na sua mais pura tradução e pureza antes que o gênero seja contaminado pelo psicologismo. Obra-prima incontestável, RIO VERMELHO faz parte de um quarteto junto com  RIO BRAVO (1959),  ELDORADO (1967),  e,  por fim, RIO LOBO (1970),  realizado já no ocaso de carreira desse genial diretor, que, aqui, despede-se do cinema.


O mais importante em RIO VERMELHO é que este filme funciona como um excepcional documento da vida dos cowboys, seus costumes, seu folclore, o ambiente e a paisagem daquele período da colonização norte-americana. E mais ainda: o sentido perfeito de cinema de Hawks, o alento épico, a paisagem, a simplicidade e força das personalidades individuais.  RIO VERMELHO é também a história de uma amizade - um dos temas fundamentais da obra de Hawks. Montgomery Clift, órfão, depois que seus pais são mortos pelos índios, é recolhido por Wayne que, na travessia de Rio Rojo a Abilene, se desentende com aquele que é quase um filho. O western mais telúrico de Hawks, ainda que RIO BRAVO seja mais cortejado, RIO VERMELHO apresenta o eterno conflito de seus personagens, resolvido através de um itinerário físico, que é captado pela câmera com a força do imediatismo. A música de Dimitri Tiokim permanece nos ouvidos. Como RIO VERMELHO é uma espécie de épico do velho oeste, o número de cenas difíceis realmente é grandioso. Aclamado como um dos melhores westerns de todos os tempos, ficou também famoso por sua ambientação e espírito livre, em uma história de grandes proporções e adjetivos. Um filme recomendado para público de qualquer gênero!! Absolutamente extraordinário, inesquecível e obrigatório!!


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