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domingo, 18 de dezembro de 2016

MOGLI – O MENINO LOBO (The Jungle Book) EUA, 2016 – Direção Jon Favreau – elenco: Neel Sethi (Mowgli), Ben Kingsley (Bagheera), Idris Elba (Shere Khan), Bill Murray (Baloo), Lupita Nyong’o (Raksha), Scarlett Johansson (Kaa), Giancarlo Esposito (Akela), Christopher Walken (Rei Louie), Garry Shandling (Ikki), Brighton Rose (Gray), Emjay Anthony, Max Favreau, Asher Blinkoff – 106 minutos

       UMA OBRA REALISTA, DANDO VIDA NOVA A ESSA GRANDE FÁBULA!!!


Em 1967, Walt Disney levou para o cinema o desenho animado “Mogli – O Menino Lobo”, baseado no livro do escritor inglês Rudyard Kipling, cujo título original é “The Jungle Book” (O Livro das Selvas). Contava a história de um menino criado por lobos nos confins das selvas indianas. Praticamente 50 anos depois os estúdios Disney, fazem um remake da mesma história, só que agora em live action (misturando atores e computação gráfica), destacando um impressionante aparato técnico recheado de efeitos de animação gráfica tridimensionais, muito bem elaborados. O novo “Mogli – O Menino Lobo” é uma aventura deslumbrante capaz de encantar não só crianças, mas adultos também. É uma obra realista com uma selva deliberadamente bonita, dando vida nova a essa grande fábula. Traz uma história de elementos sombrios, mas ao mesmo tempo cheia de momentos alegres, destacando a relação entre homens, animais e a importância das leis da sobrevivência.  O belo mundo selvagerm aqui é praticamente todo criado em CGI (uma sigla em inglês para o termo Computer Graphic Imagery, ou seja, imagens geradas por computador, a famosa computação gráfica. Se refere a todas as imagens geradas através de computadores feitas em três dimensões, com a profundidade de campo sendo possível graças apenas à computação. O CGI nada mais é que praticamente todo tipo de efeito ou animações que vemos hoje em dia, seja em filmes, videogames ou mesmo na televisão). 


O filme é lindo, é uma obra que merece ser vista, graças à forma humana e emocionante como esta grande história foi recontada. Apresenta um universo fantástico, onde animais falantes interagem com um menino humano que mora na selva e explora seus perigos e maravilhas. Os efeitos especiais constituem o melhor e mais surpreendente aspecto dessa animação, basta ver o cuidado na criação dos pelos dos animais, dos movimentos e dos olhares incrivelmente expressivos. Os mundos inteiramente criados  costumam chamar a atenção pela artificialidade, mas aqui tudo é muito real e notavelmente belo. O diretor Jon Favreau retrata a floresta digital como se estivesse diante de um cenário real, utilizando principalmente enquadramentos e movimentos naturalistas. A fotografia também foge do imperativo infantil de tons multicoloridos. Pelo contrário, as luzes são sombrias e as cores são dessaturadas, valorizando o tom de realismo. Chega a ser uma bela contradição que o projeto use recursos computadorizados tão sofisticados para atingir a aparência menos computadorizada possível. É um grande e belo filme!!!


“Eu uso o necessário, somente o necessário”. O lema cantado pelo preguiçoso e simpático urso Baloo na animação de 1967 pode ter servido de inspiração para Jon Favreau decidir como conduzir a história aqui. O cineasta utiliza elementos memoráveis do filme anterior, aproximando-se mais do conteúdo original (The Jungle Book – 1894) que inspirou tanto o filme de 1967 como agora em 2016, numa trama que, em si, é a mais convencional possível. Com muitas lições passadas de forma natural durante a narrativa, como a importância do respeito à natureza e às outras pessoas, o filme não se aproveita do seu tema fantasioso para garantir risadas fáceis. Ao invés disso, prefere colocar a perspectiva de cada pessoa no mundo e o impacto de nossas decisões sobre os outros. Com isso, temos a oportunidade de assistir um dos mais bonitos filmes do ano. Emocionante, divertido e contagiante!!!



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