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domingo, 11 de dezembro de 2016

O HOMEM QUE NÃO VENDEU SUA ALMA (A Man for All Seasons) Inglaterra, 1966 – Direção Fred Zinnemann – elenco: Paul Scofield, Robert Shaw, Wendy Hiller, Leo McKern, Susannah York, Orson Welles, John Hurt, Corin Redgrave, Nigel Davenport, Vanessa Redgrave – 120 minutos.

    50 ANOS DE UM DOS MAIS PODEROSOS ESPETÁCULOS DO CINEMA!!!!

Através de um personagem irrepreensível e moralmente majestoso, Fred Zinnemann se confirmou como um dos grandes diretores de sua época com esta fascinante obra-prima.


Em 1534, o Chanceler da Inglaterra, Sir Thomas More, é perseguido por Henrique VIII, quando se recusa a prestar juramento em apoio à separação entre o Estado e a Igreja Católica, que o rei tramou para poder se divorciar. Parece extremamente oportuno - nessa época em que os homens públicos têm pouca ou nenhuma preocupação com a verdade, a consciência ou os escrúpulos - rever este premiadíssimo drama histórico baseado na famosa disputa entre Sir Thomas More (ou Morus) e o rei Henrique VIII, da Inglaterra. A trama se baseia justamente na força necessária para se contrapor a um governante déspota ou a um ambiente de interesses que estimula a ambição e a adulação. More (feito pelo grande ator de teatro Paul Scofield), popular e amigo do rei, se recusa a prestar o juramento que daria seu importante apoio à separação entre a Inglaterra e a Igreja Católica. 


Henrique VIII havia tomado essa decisão para poder se divorciar de sua primeira esposa, Catarina de Aragão, devota e inteligente, mas que não lhe deu um filho homem. O objetivo do monarca era se casar com a bela Ana Bolena (uma pequena participação especial de Vanessa Redgrave, pela qual ela não aceitou pagamento). O episódio resultaria no surgimento da Igreja Anglicana. Thomas More luta, então, para sobreviver e proteger sua família do furacão provocado por sua “rebeldia”. É necessário relevar as liberdades tomadas com os acontecimentos históricos e, em especial, o retrato idealizado de More. O filme ignora seu fanatismo religioso, que pregava o ódio aos protestantes, suas reservas em relação ao papado, sua defesa da morte na fogueira para os hereges, sua participação ativa nas intrigas palacianas do dia-a-dia (mesmo assim a Igreja Católica o canonizou). 

No filme, ele é um símbolo de integridade e crença na força da fé e da consciência. Baseado em peça teatral de Robert Bolt, que também fez o roteiro, o filme tem pouca movimentação e se baseia no cuidadoso diálogo, dando oportunidade para as grandes atuações de Paul Scofield (que lhe deu um merecidíssimo Oscar de Melhor Ator do Ano), Wendy Hiller (como a esposa de Thomas More, Alice) e Robert Shaw (como Henrique VIII), ambos indicados na categoria de coadjuvantes, além de John Hurt, Leo McKern, Susannah York e Orson Welles, que aparece rapidamente no começo como o cardeal Wolsey. Na cerimônia do Oscar, ganhou também os prêmios de Melhor Filme do Ano, Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor Figurino. A direção é do impecável Fred Zinnemann, o mesmo de A UM PASSO DA ETERNIDADE (1953 – ganhador de 8 Oscar, incluindo Melhor Filme); JULIA (1977, com Jane Fonda, indicado a Melhor Filme). Um filme notável e extraordinário que merece ser visto e revisto. É um dos mais belos e um dos mais importantes da História do Cinema! Poderoso!! Arrebatador!! Forte!! Pujante!! Soberbo!!

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