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domingo, 19 de março de 2017

HORIZONTE PROFUNDO: DESASTRE NO GOLFO (Deepwater Horizon) EUA, 2016 – Direção Peter Berg – elenco: Mark Wahlberg, Kurt Russell, Douglas M. Griffin, James DuMont, Joe Chrest, Gina Rodriguez, John Malkovich, Dylan O’Brien, David Maldonado, Brad Leland, Ethan Suplee, J. D. Evermore, Jason Pine, Jason Kirkpatrick, Robert Walker Branchaud – 107 minutos

   UM BOM ARGUMENTO PARA O RETORNO AO CINEMA DE AÇÃO CLÁSSICO 


BASEADO NUM INCRÍVEL EVENTO REAL QUE CHOCOU OS ESTADOS UNIDOS
O diretor Peter Berg volta à direção nesta produção de classe, se reinventando como um cineasta de qualidade. O filme pretende ser o contraponto absoluto dos blockbusters com super-heróis. O que interessa ao cineasta não é o espetáculo da destruição, e sim seus impactos sobre o homem. A consciência social herdada do cinema dos anos 1970 desperta admiração. Um drama incisivamente crítico, repleto de tensão e cenas realizadas com esmero, sobretudo, as que compõem as sequências da plataforma tomada pelas chamas, num realismo impressionante. As tomadas de ação são incrivelmente bem construídas, capturando todo o pânico e o horrível caos da situação sem tornar o seu filme sensacionalista. É uma obra espetacularmente bem estruturada. Uma produção que surpreende pela riqueza de detalhes com que reconstrói a tragédia. Com o formato de roteiro clássico, em três atos, é usado para recontar a história real do dia em que a plataforma Deepwater Horizon (título original do filme) explodiu em 2010 no Golfo do México, nos Estados Unidos, deixando 11 mortos e um rastro de destruição ecológica sem precedentes na história da extração do óleo.

Apesar da moral preto-no-branco, merece elogios a sobriedade com a qual o assunto é abordado, das brigas entre os engenheiros e os funcionários da BP ao momento em que se percebe o desastre. Embora existam atos de heroísmo durante o acidente, o diretor sempre mantém o foco na urgência da situação, ao invés de fabricar uma fábula reconfortante de nobre heroísmo. Além do incrível retrato criado para a destruição do navio Deepwater, há que se destacar as duas performances fantásticas de Mark Wahlberg e de Gina Rodriguez. Com impecável realismo eles acertam em seus papéis. Apesar da segunda metade de "Horizonte Profundo" ser repleta de cenas intensas, a primeira metade é tão interessante quanto por causa das dinâmicas entre os dois atores citados, juntamente com Kurt Russell e John Malkovich. O mais importante é que o filme entrega um retrato realista, não-cafona e recheado de ação de um dos piores derramamentos de petróleo da história dos Estados Unidos. Muito bem feito, e com uma reconstituição realista e aterrorizante de um evento real. Um filme que merece ser visto, revisto e repensado.


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