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domingo, 30 de abril de 2017

GAROTOS (Jongens) Holanda, 2014 – Direção Mischa Kamp – elenco: Gijs Blom, Ko Zandvliet, Jonas Smulders, Ton Kas, Stijn Taverne, Myron Wouts, Ferdi Stofmeel, Julia Akkermans, Rachelle Verdel, Jeffrey Hamilton – 78 minutos 

                                  UMA OBRA-PRIMA SENSÍVEL E POÉTICA, 
                                    UM TRIUNFO DO CINEMA HOLANDÊS!!

Na trama, o protagonista Sieger (Gijs Blom) tem 15 anos, um irmão mais velho, uma mãe morta e um pai dedicado em construir caráteres proveitosos nestes futuros homens sob seu comando. Já Marc (Ko Zandvliet), originário de um núcleo menos atingido pela crueza da vida (há pai, mãe, uma irmã mais nova e um negócio familiar pouco convencional – uma sorveteria de sabores exóticos), se não tem mais idade que Sieger, parece ter mais consciência do lugar que deseja ocupar no mundo. E num verão qualquer, eles conseguem entrar para um time de atletismo e lá, aos poucos e de forma inocente, acabam se apaixonando e descobrindo que esse sentimento é mútuo e muito mais forte do que eles podem controlar, mas em um mundo onde relações entre pessoas do mesmo sexo ainda tem muito preconceito seria muito difícil para um adolescente lidar com isso e é aí que começa o drama. Marc sabe o que quer, Sieger ainda se sente indefinido entre o desejo por uma garota e pelo amigo. O filme nos traz de uma maneira inocente o romance entre os dois garotos e, diferente de muitos filmes onde as relações homo afetivas se baseiam somente no sexo, esse não entra nos clichês clássicos e por isso conquista o público, fazendo com que todos torçam pelo casal.


O diretor é Mischa Kamp e faz um belo trabalho, não se pode dizer muita coisa dele, mas ao que parece tem muita experiência na televisão holandesa. A direção é bastante correta e consegue expressar muito bem o que é necessário. Os atores estão brilhantemente bem dirigidos e impecáveis com seus personagens. A fotografia de Melle van Essen é excepcional. Ela alterna planos gerais, conjuntos e médios com ou sem simetria e movimentando o mínimo possível a câmera. Nos momentos de intimidade entre o casal opta-se por Close-up e Big Close-up. Ele também usa de alguns artificios de linguagem, ao deixar os protagonistas atrás de redes ou grades para transmitir a sensação de algo proibido e desconhecido. A trilha sonora é uma grata surpresa e está entre as grandes coisas boas do filme. A música tema oficial é “I Apologise” de Dear Simon, da Banda Moss, que tem uma sonoridade parecidíssima com o folk de Bob Dylan. Além disso temos uma versão live dos atores de “You Are My Sunshine” de Oliver Hood; “Midnight City” da maravilhosa banda francesa M83; o clássico “All My Life” do Foo Fighters etc. Nesse cenário todo temos um filme LGBT independente, com muita qualidade. É um filme perfeito para quem tem 15 anos e se depara com as mesmas dúvidas. Mas nós que já passamos dos 30 gostamos do mesmo jeito.

PESQUISA: Cabine Cultural e Cine Com Pipoca


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