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quarta-feira, 21 de junho de 2017

WAR MACHINE (War Machine) EUA, 2017 – Direção David Michôd – elenco: Brad Pitt, Anthony Hayes, John Magaro, Emory Cohen, Ben Kingsley,  Anthony Michael Hall, Topher Grace, Aymen Hamdouchi, Daniel Betts, RJ Cyler, Meg Tilly, Nicholas Jones, Alan Ruck, Will Poulter, Lakeith Stanfield, Reggie Brown, Tilda Swinton, Russell Crowe, Nick Donald - 122 minutos

     UMA CRÍTICA MORDAZ E PRECISA DA INDÚSTRIA DE GUERRA DOS EUA

"War Machine" é uma sátira sólida. Ela é menos uma comédia anti-guerra do que uma sátira anti-ocupação. Ou seja, ele é anti-ocupação no sentido da guerra moderna, mas também em relação aos empregos modernos. Brad Pitt já interpretou tipos igualmente excêntricos em “Bastardos Inglórios” (2009) e “Queime Depois de Ler” (2008), mas nestes casos, os seus personagens eram tipos assumidamente limitados intelectualmente. Aqui, ele encarna a figura do “idiota genial”, um tipo profético cuja aparente incoerência serve para acobertar as ideias inovadoras. O filme tem os seus momentos fortes, é claro. Tilda Swinton e Ben Kingsley – os trunfos de Hollywood cada vez que se precisa representar alguma nacionalidade distante – se destacam em cenas pontuais de enfrentamento com McMahon, enquanto Lakeith Stanfield, um dos atores americanos mais interessantes dos últimos anos, rouba a cena quando aparece no papel de um soldado contestador. No momento em que o roteiro esquece McMahon para se focar na figura de Stanfield, a trama cresce em tensão e coerência. Além disso, a proposta de contestar a hipocrisia democrata merece espaço após tantas associações entre o belicismo e o partido republicano.

 
Ainda que pouco memorável ou mesmo icônico, "War Machine" tem qualidades o suficiente para ser estudado como mais um dos amargurados verbetes do novo filme de guerra, agenda temática da indústria americana que ganha cada vez mais força. Após um início bagunçado e caótico, "War Machine" encontra seu ritmo e se torna um filme autêntico: uma crítica mordaz e precisa da indústria de guerra estadunidense. A ora escabrosa e ora eficiente crítica, no fim das contas, consegue ser concatenada em um final interessante que coloca o filme em uma luz melhor de maneira retroativa, melhor do que os espectadores poderiam pensar em alguns dos momentos iniciais e mais crus. É um filme engraçado, triste, esquisito e sábio, algo que parece ser muito certo para a atualidade. É um filme estranho e incomum para tempos estranhos e incomuns. É um exercício de atuação para Brad Pitt e no quesito, principalmente para os fãs do ator, se sobressai. É muito curioso assistir ao ator se portando nas telas como nunca anteriormente, seja através de trejeitos, postura, movimentação corpórea ou até mesmo na peculiar forma com que corre. O filme não é engraçado o suficiente para ser uma sátira, não é realista o suficiente para contar como um comentário político e não é empolgante o suficiente para ser um filme de guerra.


Um comentário:

  1. É muito curioso assistir ao ator se portando nas telas como nunca anteriormente, seja através de trejeitos, postura, movimentação corpórea ou até mesmo na peculiar forma com que corre – reproduzindo o exercício quase de forma neandertal. Amei ver a Josh Stewart no filme, lembro dos seus papeis iniciais, em comparação com os seus filmes atuais, e vejo muita evolução, mostra personagens com maior seguridade e que enchem de emoções ao expectador. Desfrutei muito sua atuação neste filme Sobrenatural: A Última Chave cuida todos os detalhes e como resultado é uma grande produção e muito bom elenco.

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