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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

SONATA DE OUTONO (Hostsonaten / Autumn Sonate) Suécia / França / Alemanha, 1978 – Direção de Ingmar Bergman – elenco: Ingrid Bergman, Liv Ullmann, Lena Nyman, Halvar Björk, Arne Bang-Hansen, Marianne Aminoff, Gunnar Björnstrand, Erland Josephson – 99 minutos.

UMA AMARGA REFLEXÃO SOBRE AS RELAÇÕES FAMILIARES NUM FILME ABSOLUTAMENTE SOBERBO E BRILHANTE


O diretor sempre foi um cineasta da palavra. A força motora de seus filmes está na combinação texto mais a interpretação desse texto. SONATA DE OUTONO pode ser considerado, então, uma obra clássica do cinema do diretor sueco. É um filme estruturado no diálogo de duas mulheres, mãe e filha, que se encontram depois de uma ausência de sete anos: um encontro que reabre as crateras da relação entre as duas. 

Apesar da fotografia do colaborador fiel, Sven Nykvist, não perder a competência habitual, não existe privilégio para a imagem que, depois de dividir o papel de protagonista com o roteiro em filmes anteriores da dupla, aqui é apenas coadjuvante, embalagem, sem valor sígnico. Com o texto sob os holofotes, Bergman se muniu de duas grandes atrizes: a então companheira Liv Ullmann e uma lenda do cinema, Ingrid Bergman, que, apesar de conterrânea, não guarda parentesco com o cineasta. O texto acha então o tom certo, frio e cruel, na excelência das intérpretes. A evolução do filme, em virtude da competência da dupla, é gritante: começa como exercício retórico e se transforma enfim numa obra de referência, onde a palavra de Bergman se despe de um cunho estritamente intelectual-psicológico para virar um belo e difícil acerto de contas entre mãe e filha. 

Foi indicado ao Oscar, nas categorias de Melhor Atriz (Ingrid Bergman) e Melhor Roteiro. Uma obra-prima do mestre sueco, que foi lançada em DVD no dia 10 de agosto de 2006. A lendária Ingrid Bergman faz uma pianista que visita a filha (a notável Liv Ullmann), no interior da Noruega. Enquanto a mãe é uma artista de renome internacional, a filha é tímida e deprimida. Esse encontro tenso, marcado por lembranças do passado, revela uma relação repleta de rancor, ressentimentos e cobranças. Ao som de Chopin, Sebastian Bach, Schumann e Haendel, Ingmar Bergman tece uma amarga reflexão sobre as relações familiares num filme absolutamente brilhante. Interpretações magistrais das duas grandes atrizes num dos grandes filmes do cineasta sueco. Rigorosamente imperdível e obrigatório!!!!


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