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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

A PEREGRINAÇÃO (Pilgrimage) Irlanda / Bélgica / EUA, 2017 – Direção Brendan Muldowney – elenco: Tom Holland, Richard Armitage, Jon Bernthal, John Lynch, Rúaidhrí Conroy, Hugh O’Conor, Tristan McConnell, Donncha Crowley, Stanley Weber, Peter Cosgrove, Lochlann O’Mearáin, Nikos Karathanos – 96 minutos

                                           UMA VIAGEM FEITA DE SANGUE 


Com uma direção primorosa de Brendan Muldowney, a trama gira em torno de um grupo de monges que se comprometem com uma peregrinação para o transporte da relíquia mais sagrada de seu mosteiro em Roma. Quando o verdadeiro significado da relíquia é revelado, a viagem torna-se muito mais perigosa, e a fé do grupo e lealdade para com o outro são testados. Jon Bernthal interpreta um monge mudo com um passado violento. Richard Armitage retrata um cavaleiro misantropo com quem os monges são obrigados a compartilhar sua jornada. E Tom Holland, o atual Homem-Aranha do universo da Marvel, é o irmão Diarmuid, o jovem noviço que encabeça a travessia. 


A produção é considerada um veículo para a ascensão desses três atores principais, e   apesar de não ser uma super produção, o filme tem muito a oferecer. Com uma ambientação impecável e uma narrativa cativante, o filme está agradando plateias por onde é exibido. No filme, ambientado na Irlanda do ano 1209, um pequeno grupo de monges inicia uma relutante peregrinação por um país dividido e ameaçado pelo crescente poder de invasores nórdicos. Escoltando uma relíquia cristã, que supostamente teria o poder supremo, os corajosos integrantes do grupo arriscarão suas próprias vidas, e dentre eles, está o jovem Diarmuid (Tom Holland), que nunca viu o mundo fora da ilha onde convive com seus irmãos monges, e um misterioso estranho mudo (Jon Bernthal), que foi acolhido pelo grupo anos atrás. Ambos terão um papel decisivo no destino do grupo e da relíquia que carregam.


O cineasta irlandês apresenta um cuidado com a qualidade de sua produção. Maravilhosamente fotografado por Tom Comerford, colaborador habitual do diretor, o filme explora com perfeição o belo e desolador cenário invernal da Irlanda, que garante à produção um clima um tanto opressivo que se encaixa perfeitamente na narrativa. Também o cuidado do diretor na concepção de sua obra, que ganha em veracidade por exemplo na utilização de diversos idiomas em sua produção, onde o talentoso elenco profere diálogos em dialetos irlandeses, em francês, entre outras línguas. O roteiro do estreante Jamie Hannigan explora bem o turbulento momento religioso do período que sua história retrata, dissertando sobre as inconsistências do cristianismo e das vertentes religiosas que o confrontavam. É uma produção rica em contexto e executada com bastante competência, que discorre de maneira interessante sobre os desígnios da fé em conflito com as antigas superstições, além do poder da irmandade e da lealdade entre os homens.



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